Os Leões de Portugal apresentam o seu ADN Sporting II
«Para onde vai um, vamos todos!»
– José Neto, sócio do Clube, voluntário e utente do Centro de Dia Leões de Portugal
Estamos a três finais para que possamos fazer oficialmente a festa e levantar a taça de Campeão Nacional Liga NOS 2020/2021. Hoje é um dos 3 jogos que podem ser decisivos. Está quase. Esta série acompanha as jornadas passo a passo, incentiva a equipa e dá a conhecer o ADN Sporting das gerações mais velhas. Hoje apresentamos o Sr. José Neto, sócio do Clube, voluntário do Centro de Dia desde 2005 e membro dos Órgãos Sociais da Instituição. Uma força da natureza e um adepto fervoroso.
A sua primeira memória do Sporting remete à infância: «Sou Sporting desde pequenino. Na escola, eu e os meus colegas jogávamos futebol e fazíamos jogos Sporting vs Benfica, eu era sempre do Sporting!», conta, ainda, que o equipamento da equipa de futebol da aldeia de Urros em Torre de Moncorvo – perto de Abrantes – era igual ao do Sporting, foi pelo verde e branco que se apaixonou e soube que era para a vida toda. Veio para Lisboa aos 13 anos e o primeiro jogo que viu foi em Janeiro de 1963, contra o Belenenses, em que ganhámos 2-0, com golos do Figueiredo e do Osvaldo Silva.
Durante a sua vida, o avô Neto (como, carinhosamente, o tratamos) recorda alguns jogos marcantes, dos quais destacou três e um momento único, na época de 63/64, que foi o culminar da melhor equipa, o melhor golo e um dos melhores jogos: o primeiro momento foi em 64, quando o Sporting ganhou 5-0 ao Manchester United – nesta época ganhámos a Taça das Taças e foi marcado o golo que ficou, para sempre, conhecido como o «Cantinho do Morais»; o segundo momento foi em ’65, quando ganhámos contra o Benfica, com dois golos de João Lourenço, por 4-2, depois de termos estado a perder – é a força da reviravolta do Leão; o terceiro momento, de que fala constantemente e celebra sempre o seu aniversário, foi quando, em 1986, o Sporting ganhou 7-1 ao Benfica.
Aos 15 anos tornou-se sócio do Sporting Clube de Portugal até ir para a tropa aos 20, deixando de pagar quotas: «se não fosse essa interrupção já era sócio há 55 anos, assim sou só há 40, porque, quando saí da tropa, eu ia mais ao cinema do que ao futebol, sabes, a namorada não gostava de futebol, então ia com ela», mas nunca deixou de seguir o Clube. Desde então o Sr. Neto casou e construiu a sua família, tendo dois filhos e uma neta, passando os valores sportinguistas de geração em geração. Hoje não acompanha os jogos na televisão nem na rádio, porque não consegue, «mexe muito com o meu coração, só quando já estamos a ganhar por dois!», mas o filho mais velho liga-lhe quando é marcado golo. Na sua família, «só a mulher é que é sempre do contra!».
O Sr. Neto chegou aos Leões de Portugal por causa da filha. Quando se reformou queria fazer alguma coisa, alguma atividade, para continuar ativo e a filha descobriu os Leões de Portugal e foi, como o Sporting, um amor que ficou. Começou como voluntário e hoje é vogal da Direção! Esta ligação à nossa instituição tornou-o ainda mais próximo do Clube de coração, devido aos passeios que promovemos, nomeadamente ao Estádio, Museu e Academia.
A 7 de Maio de 2017, o Sr. Neto também foi ao relvado «abanar o cachecol» de 456 metros tricotado pelos Leões de Portugal. Para além disto, os momentos de que mais gosta é de ir assistir a jogos no Estádio com as «netas» adotadas, que fazem parte da equipa técnica dos Leões de Portugal, ao ponto de ter comprado game box lado a lado com elas!
A mensagem que gostaria de fazer chegar à equipa e a Ruben Amorim seria o reforço da afirmação do mister: «onde vai um vamos todos!» e crê que seremos campeões! A isto, nós só respondemos: «Vamos juntos, avô!».
Fica mais um registo de um sócio, adepto, utente, voluntário, membro de Direção, com uma enorme devoção ao Clube e aos Leões de Portugal. Ser Leões de Portugal também é vestir o equipamento e honrar os ideais do Clube – Esforço, Garra, Devoção, Dedicação e Glória!
